sábado, 6 de março de 2010

Sinfonia




Sinfonia

As tartaruguinhas nadam
Com as cabecinhas de fora,
O lírio caído no lago
Sonha um idílio no jardim.

O cisne flutua
Entre as árvores no espelho d’ água,
O cisne valsa
No cálice do lago,

Um ninho valsa
Com a música da brisa.
Um raiozinho quase se afoga

No tanque da rãzinha.
O pica-pau no alto do coqueiro
Martela a sua sinfonia inacabada.

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9 comentários:

Marcelo Novaes disse...

Brandão,



A sinfonia é longa, para a graça dos que podem testemunhá-la. Gerações.






Abraços.

Gisele Freire disse...

Brandão
Que delicadeza este poema, e a foto é a foto igualmente bela!
Gi:)

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Meu amigo ternura de poema e bela imagem para complementar.

Beijinhos
Sonhadora

Adriana Godoy disse...

Esse mundo paralelo e belo me encanta. Um oásis no meio do deserto. Beijo.

Wilson Torres Nanini disse...

Alguns dizem o mundo ideal. Mas seu universo poético nos aponta possibilidades reais de existirmos sem as vias de fato do consumismo. Basta-nos apurar os sentidos. Abraços!

nydia bonetti disse...

Música. Música...

Gerana Damulakis disse...

Fiquei apaixonada por "um ninho valsa".

Fernando Campanella disse...

Essa sinfonia, esse idílio, esses ninhos que valsam são matéria de sonho, o paraíso perdido/reconfigurado dos artistas, dos poetas de todos os tempos. Ou melhor, da racionalidade, da civilização, em geral. Há uma certa desconstrução no humano, ganhos e perdas, grandes perdas.
Bela tua sinfonia que vai ficar ainda por muito tempo inacabada nos coração dos poetas.
Grande abraço.

Mateus Araujo disse...

Nossa!! lindo lindo!!!
aaaaaaaaaaaaa