SinfoniaAs tartaruguinhas nadam
Com as cabecinhas de fora,
O lírio caído no lago
Sonha um idílio no jardim.
O cisne flutua
Entre as árvores no espelho d’ água,
O cisne valsa
No cálice do lago,
Um ninho valsa
Com a música da brisa.
Um raiozinho quase se afoga
No tanque da rãzinha.
O pica-pau no alto do coqueiro
Martela a sua sinfonia inacabada.
__________________
9 comentários:
Brandão,
A sinfonia é longa, para a graça dos que podem testemunhá-la. Gerações.
Abraços.
Brandão
Que delicadeza este poema, e a foto é a foto igualmente bela!
Gi:)
Meu amigo ternura de poema e bela imagem para complementar.
Beijinhos
Sonhadora
Esse mundo paralelo e belo me encanta. Um oásis no meio do deserto. Beijo.
Alguns dizem o mundo ideal. Mas seu universo poético nos aponta possibilidades reais de existirmos sem as vias de fato do consumismo. Basta-nos apurar os sentidos. Abraços!
Música. Música...
Fiquei apaixonada por "um ninho valsa".
Essa sinfonia, esse idílio, esses ninhos que valsam são matéria de sonho, o paraíso perdido/reconfigurado dos artistas, dos poetas de todos os tempos. Ou melhor, da racionalidade, da civilização, em geral. Há uma certa desconstrução no humano, ganhos e perdas, grandes perdas.
Bela tua sinfonia que vai ficar ainda por muito tempo inacabada nos coração dos poetas.
Grande abraço.
Nossa!! lindo lindo!!!
aaaaaaaaaaaaa
Postar um comentário