Poeta de sete faces
Quando nasci
era janeiro,
por isso tenho
duas faces.
Nunca sou o
mesmo que sou:
às vezes vento,
às vezes mar.
Não acredites
no verão:
primavera,
inverno ou outono
dançam com o
mesmo delírio,
depois dormem o
mesmo sono.
Sou poeta
quando amo ou sofro,
porque o amor e
a dor se completam.
Sou poeta e
tenho duas faces
equilibradas na
balança.
Sou poeta e
tenho sete faces
que revelo e
escondo no espelho.
Quem tem duas
tem sete faces
conforme os
jogos do desejo.
José Brandão
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