sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

À BEIRA DO BURACO NEGRO

           Elin Danielson-GambogiA Girl by the Oven 1894 
 
 

 

                                 À BEIRA DO BURACO NEGRO

 
No deserto estou rodeado de homens
Na multidão estou só
No espelho não me vejo
Com os olhos vazados verei a mim mesmo
E aos outros homens
Se estou vivo nada sei da morte
Se morrer? Somente com a morte me libertarei
Do outro
Quebrei relógios como quebrei espelhos
Serei sempre o afogado à beira do buraco negro
 

 

 

 

 

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