O sangue e a terra
O barco no campo entre as vacas,
Os bezerros e os cavalos.
A luz era tanta
Que giravam os cavalos.
O barco flutuava,
O brilho da tarde degolava.
A mulher de pedra pairava
Na luz da terra vermelha.
A borboleta amarela
Media a distância infinita.
Pendiam de sede os caules da tarde.
Os marimbondos bailavam como loucos
Ou apaixonados.
Fiquei cego com tanta cor.
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6 comentários:
JC, isso é covardia. Tanta beleza e vida em seu poema que dói a alma. Bravo. Beijo
Que lindo José Carlos... adorei!
Abraço
Karina
A cor do mundo pra quem está com os olhos cheios de beleza é intensa! E o encontro com a natureza sempre nos faz mais ricos! São esses encontros que observo em cada poesia tua - quanta vida! Quanta natureza!
Beijos
Sóbrio e bem escrito, este seu poema!
Um abraço
Brandão,
A luz como etérea seiva.
Abração.
Na realidade, a cegueira é uma outra luz mais sutil que nos faz ver a harmonia das coisas. Belo poema, grande abraço, Brandão.
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