segunda-feira, 15 de março de 2010
O orvalho da amora
O orvalho da amora
Os dias caem no córrego da infância,
O tempo gordo, de sal e sol,
Com os bezerros e os cachorros.
A bananeira exibe o coração enorme,
As jabuticabeiras carregadas
Forram o chão de folhas leves.
Os pés afundam no barro vermelho,
Os olhos mergulham no orvalho da amora.
Ouço ao longe o monjolo e sua sombra,
O vento balança as nuvens brancas,
As espigas rebentam no milharal.
Abro os pulmões para o ar da manhã,
O cavalo relincha na porta da cozinha,
O galo canta por todos os galos.
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10 comentários:
me senti lá, no interior (de mim).
de quebra, você ainda me resgatou o monjolo.
obrigado pelo poema, poeta.
abração do
roberto.
Que vontade que deu de estar num lugar assim, pertinho disso tudo!LINDO! abração,linda semana!chica
JC< vc nos leva a lugares tão especiais. A Cada leitura, uma viagem e que viagem. Gostei dessa amoras...Beijo.
Amigo Brandão,
Ao ler seu poema, para mim nostálgico, visitei os transparentes rios e riachos de minha infância, que me davam a alegre sensação de que a vida era infinita.
Um abraço,
Pedro.
Se há/moras em teu passado, ou no inconsciente, somos. Nada mais delicioso do que relembrar seus tufos_sonhos da infância.
Amei.
Beijo.
Ando querendo muito o ar da manhã.
Gosto de teus poemas quietos.
O coração da bananeira me faz lembrar a infância, quando todos os dias eram bons dias. Õ, coisa boa te ler. Abçs.
Vc acredita que cheguei a ouvir o cavalo e os galos? Entrei no poema.
Olá, José Carlos, com este poema voltei à infância! Lembrei do caramanchão coberto de flores que havia no quintal de minha casa e pra lá me dirigia com meus brinquedos, meus livros infantis, minha tartaruga, meu cachorro, e revirava a terra, sentido seu cheiro e das flores ali plantadas. Lembrei dos tempos em que se podia nadar no rio Guaíba e brincar, à noite, nas calçadas do bairro. É muito bom quando alguém nos leva de volta à infância. São recordações que só voltam quando um poeta resolve abrir o coração e soltar sentimentos tão bonitos.
Bjs
Tais luso
abaxo a celejela, né?... (lisos!)
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