Corpo e figoSeu corpo imita um figo
Estourando de maduro.
No azul dos olhos, refletido,
O azul de um sanhaço.
O orvalho da manhã
Ainda líquida na pele
E os lábios de maçã,
Os seios que explodem
De carne rubra e cristal.
Palavras são pouco,
Nenhum repouso.
A boca saliva
E sangra. Antecipa,
No desejo, a mordida.
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Foto: Evandroc - Flickr
7 comentários:
hooooooo
quenteeeeee
KOASKASASOKASKASKOASK
*_*
Já tinha saudades de te ler... e adorei o poema!
Um beijo de carinho.
Que jóia de poema!
Bjs.
Brandão,
A "sutileza do tom" se patenteia em pele/ explodem, para ficarmos só num exemplo.
Belo!
Abraços.
JC, quer coisa mais apetitosa que um fruto maduro, pronto pra ser devorado? Gostei desse lado erótico. Muito bom de ler e de sentir. Beijo.
Brandão, sempre achei o figo uma fruta sensual. Que beleza este poema! Ou melhor, que gostoso. :)
Abraço!
Muito bom, o poema Brandão, traz alguma reminiscência de Salomão em seus cãnticos, porém o final é mais incisivo, mais moderno, instigante. Grande abraço.
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