segunda-feira, 22 de março de 2010
Claridade
Claridade
O hibisco vermelho apaixona-se pelo sol,
Abre-se mais, explode, parte-se.
As folhas verdes guardam a luz e a sombra.
A borboleta aprisiona a cor nas asas abertas.
A libélula equilibra-se no caniço.
O limo recobre a pedra por onde a água escorre,
A água cristalizada ao cair das pedras da cascata.
A garça caminha com leveza no capinzal.
O pica-pau martela o tronco do pinheiro.
O beija-flor carrega a luz nas asas em delírio.
A coruja vigia a sua toca com os olhos acesos.
As palmeiras espelham–se nas águas do rio.
O monjolo sobe e desce, a roda d’água cantarola.
O melro canta à beira d’água a claridade do verão.
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8 comentários:
Brandão,
O canto do melro sintetizou toda a natural engrenagem.
Abração.
Só os olhos de um poeta para transformar tanta beleza em versos.
Bjs.
...E formou-se uma orquestra para saudar a claridade do verão.
Abraços.
... e tudo isso em perfeita e belíssima harmonia!
Bravo José carlos!!
Abraço
Da mesma família do poema que você colocou anteriormente, "O córrego", vem me trazer a visão do paraíso novamente. :)
um
breve
momento
no
paraíso
é tudo o que eu
preciso
1[]!
O paraíso, com certeza, mora aqui e você o divide em lotes.
Abraço!
Meu amigo
lindo poema...um hino à poesia.
Beijinhos
Sonhadora
Bendita claridade que nos traz a leveza, o êxtase, a alma em sintonia com os sons, as cores, os movimentos de um estado natural. Teu poema é uma celebração desse estado almejado.
Grande abraço.
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