quinta-feira, 25 de junho de 2009
Obama e a mosca...
A RESINA
A resina brilha
no tronco da árvore
como ouro.
PEDRAS
Caminho de pedras
subindo a montanha
e água fresca descendo.
O SOL
O grito do sol
atravessa a névoa branca
entre as ruínas.
O SILÊNCIO
O silêncio cai
sobre as pétalas da rosa
como o olhar de Deus.
A VELA
Ninguém apaga
a vela acesa
no dia claro.
A BAITACA
Era uma ferida
na pele do dia
a baitaca eletrocutada.
A MOSCA DE OBAMA
Barack Obama, num lapso,
não salvou o mundo,
mas matou a mosca.
A ROMÃ
Uma gota de orvalho
na romã vermelha
parada no galho.
FLORES AMARELAS
Flores amarelas
pendem aos cachos
dentro dos meus olhos.
O CARNEIRO
O carneiro no capinzal
me olha triste
com os olhos azuis.
UMA ROSA NÃO É SÓ UMA ROSA
No tronco de uma árvore,
num buraco escuro,
nasceu uma rosa.
A GOTA DE ORVALHO
A gota de orvalho
nas pétalas da rosa.
A beleza chora.
A ORELHA-DE-PAU
A orelha-de-pau
ouve o silêncio
e sorri para mim.
FOLHAS VERDES
As folhas verdes
na água da piscina azul
nadam em silêncio.
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"Obama e a mosca... ou de como o poeta fazia seus poeminhas quando a política e suas mixórdias se intromete na poesia, na figura do imperador com os chifres e sua real sensatez, que fulmina a pobre de uma mosca com um golpe fatal, durante uma entrevista no dia 17 de junho"
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5 comentários:
Oi J. C.
A mosca do Obama. A política na poesia ou a poesia da política. As moscas não costumam pousar nos poemas, mas ás vezes os poemas pousam nas moscas. Já dizia o nosso querido poeta popular António Aleixo:
Uma mosca sem valor,
pousa com a mesma alegria.
Na careca de um doutor,
como em qualquer porcaria.
Abraços. Já tenho foto no meu perfil.
Victor Gil
A SENSIBILIDADE É CAVALO DE TROPEIRO...
o silêncio caindo sobre a pétala da rosa... poucos podem ver e ouvir...
Adorei....bj.
Como sempre, seu blog está lindo. O poema Folhas verdes é bom demais de ler!
Beijos,
Maria Maria
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