quarta-feira, 19 de maio de 2010

Visita ao Matão




Visita ao Matão

Eu me vejo no espelho da janela.
A minha velha casa me recebe,
A mesma casa antiga, familiar,
Com as mesmas paredes, que me abraçam.

Um raio destruiu meia figueira,
Mas ela continua na paisagem
Com os cupins, abelhas, parasitas
Vivendo de seu tronco e suas raízes.

As jabuticabeiras se renovam,
Crescem e multiplicam-se no tempo.
O peru, as galinhas, os bezerros,

O meu mundo me espera no quintal.
O ribeirão, o mato ao fundo, os pássaros
Embalam a minha infância ainda hoje.

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Visita à casa da minha infância, num lugar chamado Matão.

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4 comentários:

Wilson Torres Nanini disse...

Ótimo ouvir suas histórias dos longes. E que imagens - como sempre! Especialmente a da figueira acometida por um raio, que persiste na paisagem.

Abraços, meu caro!

BAR DO BARDO disse...

Canta quintal.

O cão ressona...

Marcelo Novaes disse...

Brandão,




Ser abraçado assim é dádiva. Ou conquista. Ou ambos.







Um abraço.

Gerana Damulakis disse...

O mundo no quintal: mais do que belo.