segunda-feira, 8 de março de 2010

Corpo e figo




Corpo e figo

Seu corpo imita um figo
Estourando de maduro.
No azul dos olhos, refletido,
O azul de um sanhaço.

O orvalho da manhã
Ainda líquida na pele
E os lábios de maçã,
Os seios que explodem

De carne rubra e cristal.
Palavras são pouco,
Nenhum repouso.

A boca saliva
E sangra. Antecipa,
No desejo, a mordida.
________

Foto: Evandroc - Flickr

7 comentários:

Mateus Araujo disse...

hooooooo
quenteeeeee
KOASKASASOKASKASKOASK
*_*

Graça disse...

Já tinha saudades de te ler... e adorei o poema!

Um beijo de carinho.

Anônimo disse...

Que jóia de poema!
Bjs.

Marcelo Novaes disse...

Brandão,




A "sutileza do tom" se patenteia em pele/ explodem, para ficarmos só num exemplo.






Belo!









Abraços.

Adriana Godoy disse...

JC, quer coisa mais apetitosa que um fruto maduro, pronto pra ser devorado? Gostei desse lado erótico. Muito bom de ler e de sentir. Beijo.

nydia bonetti disse...

Brandão, sempre achei o figo uma fruta sensual. Que beleza este poema! Ou melhor, que gostoso. :)
Abraço!

Fernando Campanella disse...

Muito bom, o poema Brandão, traz alguma reminiscência de Salomão em seus cãnticos, porém o final é mais incisivo, mais moderno, instigante. Grande abraço.