terça-feira, 2 de março de 2010

Alba



Alba

Gira a roda d’água,
O monjolo pila o milho,
Um galo bica a manhã.
Escorre a farinha do ouro do sol.

A dor das ameixas abre-se à luz.
Entre as folhas da cerejeira,
O canto do pássaro inventa o pássaro.
Saboreio a amora roxa.

Os meninos e as abelhas
Sonham o mel das pitangueiras vermelhas.
Dos cajus dourados nos galhos do cajueiro,

Pingo a pingo, o sol.
Bebe de meus lábios,
Na clara luz da manhã, o êxtase do olhar.

5 comentários:

chica disse...

Sempre lindos teus versos,José Carlos! abração,tudo de bom,chica

Adriana Godoy disse...

"O canto do pássaro inventa o pássaro"

As suas palavras inventam um novo mundo, abrem as janelas, solatm a voz.


JC, uma beleza seu poema em todos os sentidos. Beijo.

Anônimo disse...

Saudade de ler seus versos!
bjs.

Marcelo Novaes disse...

Brandão,




Escorre a farinha do ouro do sol...


Pintura tátil.





Abraços.

Jéssica Sequeira disse...

Oiee
Tenho 15 anos e adoro escrver.
Adorei o seu blog
Dê uma olhada no meu:
http://jess-peace.blogspot.com/

Beijo