quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

O vento varre



O vento varre as palavras,
varre, varre, até o último
cisco das palavras.

A língua redemoinha.
Não há caminhos, mas
círculos, vórtices.

Uma fenda no abismo
e o sopro do cristal:
imagens, luz, imagens.

E cai a sombra
na árvore
da linguagem.

Nenhum comentário: