sábado, 9 de agosto de 2008

Os soterrados

Esperamos por nada. Logo estaremos todos mortos,

Sob a terra, no túmulo do esquecimento.


Alguns de nós são ainda crianças.

É cedo para morrer.


Com fome e sede, sem ar,

Sujos de terra, a boca, os olhos cheios de terra.


Por que nos abandonaram?

Quanto vale a vida de um homem?


Mais hora, menos hora, estarei morto

E ninguém ficará sabendo.


Ninguém se importará

Quando eu me for para sempre.


Estou de partida. Não olho para trás.

O homem nasce com o eterno na ponta dos dedos.


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